segunda-feira, 26 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Evolução Espiritual - Lição 1

Libertando-se da religiosidade que escraviza e não salva

Fui assistir ao musical Footloose produzido com atores de uma escola de musicais de SP e pude enxergar com olhos espirituais uma realidade espiritual que nos assusta.

Ao contrário do que muitos pensam, esta obra não prega a rebelião, ao meu ver, e sim a liberdade!

Na história conhecemos uma cidade que foi completamente engessada pela religiosidade, nascida de um trágico acidente envolvendo o filho do Pastor da Igreja local. Este acredita que a música e a dança moderna teriam, de alguma forma, sido as responsáveis pela morte do seu primogênito.

O Pastor, que tantas vezes foi instrumento usado por Deus para abençoar aquela cidade, convence o consellho a proibir qualquer forma de expressão através da dança, o que acaba por criar na cidade diversas outras proibições.

Este posicionamento religioso, ao invés de trazer benefícios a cidade, começa a trazer consequências ruins, principalmente vinda da tentativa dos jovens, sem entendimento, de se livrarem das algemas impostas pela sociedade local desta cidadezinha do interior dos EUA.

As leis estabelecidas se transformam em um grande abismo entre pais e filhos, maridos e esposas, entre as pessoas da cidade, que estavam sempre preocupadas em fingir estar de acordo com tudo aquilo, e ser por fora o que não eram e nem queriam ser por dentro.

Na tentativa de se libertar, e a uma distância cada vez maior de suas referências paternas, os jovens começam a buscar nas drogas, cigarro e na vida promíscua, às escondidas, a tal liberdade.

Infelizmente vemos que isto é o que tem ocorrido em grande parte das consideradas igrejas cristãs da atualidade. Na tentativa de fazer a coisa certa, apesar de boas as intenções, na maioria das vezes, líderes tem estabelecido doutrinas, nem sempre de acordo com a Palavra de Deus, e ao invés de libertar as vidas que são escravas do pecado e da morte, simplesmente as transferem de prisão, e as tornam cativas da religiosidade.

Na peça, Deus usa um rapaz vindo da cidade grande, para libertar a cidade da escravidão. Feridas começam a ser tratadas e curadas. As pessoas finalmente sentem-se livres para fazer escolhas verdadeiramente acertadas, e tudo isto graças a algo que podemos resumir em uma única palavra: Relacionamento!

A religiosidade é o oposto do relacionamento. A religião escraviza, o relacionamento liberta. Quando nos sentimos como escravos, nossa visão se deturpa, não conseguimos enxergar claramente as coisas para tomar as decisões corretas. Quando nos relacionamos à maneira como Deus, através do seu filho Jesus nos deu exemplo, somos verdadeiramente livres. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Tudo nos é lícito, mas nem tudo convém e nem todas as coisas edificam. Quando nos relacionamos uns com os outros, permitimos que Deus se relacione conosco e, se temos acesso ao Pai Eterno, teremos sabedoria e discernimento para agirmos da maneira correta. Servir a Deus não é escravidão quando existe relacionamento. Servir as pessoas não é obrigação quando fazemos isto por amor.

O meu desejo e a minha oração é para que o tão comentado e esperado Avivamento de Deus chegue para a Igreja de Cristo. Mas enquanto as igrejas estiverem engessadas por seu próprio orgulho, conceitos, preconceitos e religiosidade, isto não irá ocorrer. O que Deus quer de sua Igreja, não é que esta se afaste do mundo, mas que ela faça diferença no mundo. Deus quer que nós, pela sua força e poder, tenhamos influência neste mundo. Ele quer que o mundo olhe para nós e queira ser como nós. Deus quer que o mundo olhe para a sua Igreja e passe a ter nojo da sua condição pecaminosa e deseje a santidade.

Uma lâmpada não foi feita para ficar embaixo da mesa ou da cama. Ela foi feita para iluminar em meio a escuridão. Jesus quando esteve nesta terra não fez acepção de pessoas, mas fez questão de estar em meio às prostitutas, corruptos e religiosos da época pois estes eram os que mais precisavam da sua luz. Por que então devo eu fazer diferente?

Não devemos tomar a forma deste mundo, mas devemos refletir a glória do Pai para que o mundo deseje tomar a nossa forma.

Eu creio que este é o avivamento que a Igreja de Cristo deve buscar para os dias de hoje.

No amor de Cristo,

Fernando Gasparetto